A Solenidade da Epifania
representa à assunção humana de Jesus Cristo, quando o filho do Criador dá-se a
conhecer ao Mundo. No sentido literário, a “epifania” é um momento privilegiado
de revelação, quando acontece um evento ou incidente que “ilumina” a vida.
O tema da luz domina a solenidade
do Natal e da Epifania, que, antigamente e ainda hoje no Oriente, estavam
unidas numa só grande “festa das luzes”. No sugestivo clima da Noite Santa,
apareceu a luz; nasceu Cristo “luz dos povos”. É Ele o “sol que surge do alto”
(cf. Lc, 1,78). Sol vindo ao mundo para dissipar as trevas do mal e inundá-lo
com o esplendor do amor divino. Escreve o evangelista João: “O Verbo era a luz
verdadeira que, vindo ao mundo, a todo o homem ilumina” (Jo 1, 9).
“Deus é luz”, recorda sempre São
João, sintetizando não uma teoria gnóstica, mas “a mensagem que recebemos dele
(1 Jo 1, 5), isto é, de Jesus. No Evangelho, ele lembra de novo a expressão
recolhida dos lábios do Mestre: “Eu sou a luz do mundo; quem Me segue não
andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12).
Encarnando, o Filho de Deus
manifestou-se como luz. Luz não só para o exterior, na história do mundo, mas
também para o interior de cada um(a), na sua história pessoal. Fez-se um de nós
dando sentido e valor renovado à nossa existência terrena. Deste modo, no pleno
respeito pela liberdade humana, Cristo tornou-se a luz do mundo. “Luz que
brilha nas trevas” (Jo 1, 5).
Hoje, na Solenidade da “Epifania”
– que significa “Manifestação” – volta com vigor o tema da luz. Hoje, o Messias
continua a revelar-se luz dos povos de todos os tempos e de todos os lugares.
Quem não sente a necessidade de
uma “estrela” que o guie no seu caminho sobre a Terra? Acolhendo Jesus, nossa
Luz, sejamos como estrelas que O apontem para a humanidade ou levem a
humanidade até Ele, para que O conheça e O adore, e O tenha como a Luz de sua
vida.
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