segunda-feira, 18 de março de 2013


Com o objetivo de fazer uma conexão entre as leigas(os) de vários lugares do mundo demos um importante passo em busca da troca de experiências. Direto de Belém do Pará (Brasil) fizemos algumas perguntas às leigas e leigos de Ceggia na Itália. Acompanhe o resultado desta proeza a seguir.  

Entrevista e edição: Amanda Mello
Tradução: Ir. Grazia Ceriani e Ir. Lindomar Texeira
Colaboração: Irmã Neusarina Furtado e Ir. Marlene Pantoja



Amanda: Como se desenvolve o trabalho do grupo lmmx na Itália? Quais são as suas atividades?
lmmx Itália: O nosso “objetivo” principal não é tanto fazer alguma coisa como grupo, mas crescer espiritualmente segundo o espirito das Missionárias de Maria Xaverianas. Cada um/uma de nós (somos nove) é comprometido/a nas atividades pastorais da própria comunidade: catequese, liturgia, preparação das famílias para o batismo das crianças, bênção nas famílias, diaconato, sensibilização das comunidades para com as missões, Cáritas etc, procuramos desenvolver todas essas atividades seguindo os exemplos luminosos do Padre Jacomo Spagnolo e da Madre Celestina Bottego meditando os seus escritos a partir do apoio e da ajuda das irmãs.

Amanda: O que vocês pensam sobre o nome do grupo ser Leigas Missionárias de Maria Vaxevianas?
lmmx Itália: O antigo nome “Amigos(as) das Missionárias de Maria Xaverianas deixava transparecer uma relação mais familiar e mais íntima, nos lembrava Jesus quando dizia: eu vos chamei “amigos”; mas, esse nome estava errado desde o início porque legalmente não podíamos nos chamar assim. O que pensamos desse novo nome? Segundo o nosso parecer é muito comprometedor porque nos diferencia das irmãs consagradas somente pelos “Leigos/as”. Nós deveríamos ser em tudo semelhantes a elas já que somos consideradas galhos da mesma árvore.

Amanda: O que significa ser missionário/a leigo/a?
lmmx Itália: A estrada é muito comprida e em subida, deveríamos nos esforçar cada dia para desapegarmo-nos das nossas seguranças, do nosso ego, dos nossos fechamentos mentais, para sermos totalmente “vazias”, “humildes”, para poder assim acolher plenamente Jesus e leva-lo a todos/as. Ser missionária(o) significa viver plenamente o sacramento do batismo. Ser filhos/as de Deus é mais importante do que a vida, essa consciência permite-nos não desanimar diante das dificuldades do anuncio para que se realize da melhor maneira o mandamento de Jesus e o significado da sua mensagem de amor.

Amanda: O que vocês têm a dizer para nós missionários/as leigos/as da América Latina sobre a realidade que vivem na Europa?
lmmx Itália: Nós italianos/as (mas toda a velha Europa), lamentamos o processo de descristianização muito grave que estamos vivendo. A indiferença para com Deus é o inimigo mais sutil, a perda de valores humanos e cristãos é muito evidente no comportamento dos jovens a tal ponto de fazer-lhes perder o gosto e a alegria de viver, tanto que os sociólogos chegaram a prever que daqui a dez anos o suicídio estará em primeiro lugar entre as suas causas de morte.
Se acrescentarmos a crise econômica, que trouxe a perda de milhares de lugares de trabalho, que jogou na pobreza absoluta tantos imigrantes e tantas famílias, somos levados/as a um profundo desânimo. É nesse contexto que nós vivemos, é aqui e agora que devemos levar Jesus e dizer a todos que somente Ele é caminho, a verdade e a vida, esperança alegria e salvação. Como você vê querida Amanda, cada um/uma de nós tem seu inimigo para combater e poder anunciar o Cristo.

Amanda: O que gostariam de dizer para as(os) leigas(os) do Brasil?
lmmx Itália: Através das irmãs soubemos que vocês são uma Igreja jovem, dinâmica e muito ativa. Estão se tornando uma Igreja referencial; rezem por nós para que possamos encontrar o vigor das origens, a beleza de ser cristãos, a alegria de nos sentirmos todas/os filhas/os do mesmo Deus.


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