Com o objetivo de fazer
uma conexão entre as leigas(os) de vários lugares do mundo demos um importante
passo em busca da troca de experiências. Direto de Belém do Pará (Brasil) fizemos algumas perguntas às leigas e leigos de Ceggia na Itália. Acompanhe o resultado desta proeza a seguir.
Entrevista e edição: Amanda Mello
Tradução: Ir. Grazia Ceriani e Ir. Lindomar Texeira
Colaboração: Irmã Neusarina Furtado e Ir. Marlene Pantoja
Tradução: Ir. Grazia Ceriani e Ir. Lindomar Texeira
Colaboração: Irmã Neusarina Furtado e Ir. Marlene Pantoja
Amanda: Como se desenvolve o trabalho
do grupo lmmx na Itália? Quais são as suas atividades?
lmmx Itália: O nosso “objetivo”
principal não é tanto fazer alguma coisa como grupo, mas crescer
espiritualmente segundo o espirito das Missionárias de Maria Xaverianas. Cada
um/uma de nós (somos nove) é comprometido/a nas atividades pastorais da própria
comunidade: catequese, liturgia, preparação das famílias para o batismo das
crianças, bênção nas famílias, diaconato, sensibilização das comunidades para
com as missões, Cáritas etc, procuramos desenvolver todas essas atividades seguindo
os exemplos luminosos do Padre Jacomo Spagnolo e da Madre Celestina Bottego meditando
os seus escritos a partir do apoio e da ajuda das irmãs.
Amanda: O que vocês pensam sobre o nome
do grupo ser Leigas Missionárias de Maria Vaxevianas?
lmmx Itália: O antigo nome “Amigos(as)
das Missionárias de Maria Xaverianas deixava transparecer uma relação mais
familiar e mais íntima, nos lembrava Jesus quando dizia: eu vos chamei “amigos”; mas, esse nome estava errado desde o
início porque legalmente não podíamos nos chamar assim. O que pensamos desse novo nome? Segundo o nosso parecer é muito comprometedor
porque nos diferencia das irmãs consagradas somente pelos “Leigos/as”. Nós deveríamos ser em tudo semelhantes a elas
já que somos consideradas galhos da mesma árvore.
Amanda: O que significa ser missionário/a
leigo/a?
lmmx Itália: A estrada é muito comprida
e em subida, deveríamos nos esforçar cada dia para desapegarmo-nos das nossas
seguranças, do nosso ego, dos nossos fechamentos mentais, para sermos
totalmente “vazias”, “humildes”, para poder assim acolher plenamente Jesus e
leva-lo a todos/as. Ser missionária(o) significa viver plenamente o sacramento
do batismo. Ser filhos/as de Deus é mais importante do que a vida, essa
consciência permite-nos não desanimar diante das dificuldades do anuncio para que se realize da
melhor maneira o mandamento de Jesus e o significado da sua mensagem de amor.
Amanda: O que vocês têm a
dizer para nós missionários/as leigos/as da América Latina sobre a realidade que
vivem na Europa?
lmmx Itália: Nós italianos/as (mas toda
a velha Europa), lamentamos o processo de descristianização muito grave que
estamos vivendo. A indiferença para com Deus é o inimigo mais sutil, a perda de
valores humanos e cristãos é muito evidente no comportamento dos jovens a tal
ponto de fazer-lhes perder o gosto e a alegria de viver, tanto que os
sociólogos chegaram a prever que daqui a dez anos o suicídio estará em primeiro
lugar entre as suas causas de morte.
Se
acrescentarmos a crise econômica, que trouxe a perda de milhares de lugares de
trabalho, que jogou na pobreza absoluta tantos imigrantes e tantas famílias, somos
levados/as a um profundo desânimo. É nesse contexto que nós vivemos, é aqui e
agora que devemos levar Jesus e dizer a todos que somente Ele é caminho, a verdade
e a vida, esperança alegria e salvação. Como você vê querida Amanda, cada um/uma
de nós tem seu inimigo para combater e poder anunciar o Cristo.
Amanda: O que gostariam de dizer para as(os)
leigas(os) do Brasil?
lmmx Itália: Através das irmãs soubemos
que vocês são uma Igreja jovem, dinâmica e muito ativa. Estão se tornando uma
Igreja referencial; rezem por nós para que possamos encontrar o vigor das
origens, a beleza de ser cristãos, a alegria de nos sentirmos todas/os filhas/os
do mesmo Deus.
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